Planalto vive a expectativa de uma possível delação de Cunha, possa atrapalhar seus planos.
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O governo tenta evitar que a tensão provocada em Brasília afete o Palácio do Planalto depois da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A blindagem ao Planalto foi determinada pelo próprio presidente Michel Temer, que deixou Tóquio na manhã de quarta-feira (19/10) quando a ordem do juiz Sérgio Moro foi executada.
Apesar do pedido para que ninguém comentasse o episódio para evitar levar a crise para o governo, há uma preocupação com os problemas que Cunha possa criar para Temer e seus ministros, atrapalhando os planos de assegurar a aprovação da PEC do Teto, na semana que vem.
Cunha é considerado uma pessoa "vingativa" e já disse que "não vai cair sozinho". Com isso, auxiliares do presidente sabem que ele tem ligação com vários ministros peemedebistas e pode, em caso de fazer delação premiada, tentar arrastar para o buraco aliados do Temer.