Blog do Célio Brito

A queda de Evandro Cunha expõe crise na gestão de Oscar Rodrigues

O início da semana foi marcado por turbulência política em Sobral após o vazamento de áudios atribuídos ao pastor Evandro Cunha, então assessor especial da Prefeitura. Nas gravações, divulgadas na manhã de segunda-feira (20), Cunha cobra salários atrasados e exige o cumprimento de promessas salariais feitas pelo prefeito Oscar Rodrigues (União Brasil). A repercussão foi imediata, culminando na demissão do pastor ainda no mesmo dia, em meio a suspeitas de que ele próprio teria divulgado os áudios como forma de protesto contra o não cumprimento de acordos políticos.

Questionado pela imprensa, Evandro confirmou a autenticidade dos áudios, mas evitou comentar o conteúdo por “questões éticas”. A divulgação gerou desconforto nos bastidores da gestão municipal, expondo possíveis falhas na condução administrativa e levantando dúvidas sobre a transparência nas contratações. O episódio também reacendeu críticas sobre o uso de cargos comissionados e benefícios concedidos a aliados políticos, especialmente em casos de interesse público relevante.

Além das gravações, informações extraoficiais indicam que o pastor teria desfrutado de uma série de privilégios durante sua parceria e amizade com a gestor Oscar Rodrigues, incluindo contrato como professor universitário, programa de rádio, moradia, veículo, combustível e outras despesas supostamente custeadas pelo prefeito. A crise expôs fissuras entre lideranças religiosas e o governo municipal, e pode ter desdobramentos políticos significativos nos próximos dias, à medida que a população e os órgãos de controle cobram explicações mais detalhadas sobre o caso.
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