A eleição para a presidência do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Sobral transformou-se em um embate público entre dois nomes de peso da política local: Paulo Flor, atual presidente, e a ex-vice-prefeita Christianne Coelho. O que poderia ser uma disputa interna silenciosa tomou os microfones das rádios locais e acendeu discussões sobre filiações, finanças partidárias e fidelidade política.
Principais pontos de conflito
- Indicação de Paulo Flor como vice de Izolda Cela: Em momento tenso do programa, Christianne esclareceu que a indicação de Paulo Flor não partiu do partido, mas foi uma escolha da então candidata a Prefeita, Izolda Cela. “Não foi realmente a indicação do Partido, foi uma escolha da candidata, foi uma escolha dela”, disse Christianne, ressaltando que a fala não tinha caráter depreciativo.
- Filiação do vereador Romano: Christianne criticou duramente a entrada do vereador, atribuindo a decisão à Paulo Flor. Este, por sua vez, afirmou que a filiação foi colegiada, aprovada por unanimidade pelo diretório.
Troca de farpas ao vivo
- Contribuições via SAC e elegibilidade: Christianne rebateu acusações de inadimplência com indignação, afirmando com firmeza:
> “Se eu não tivesse em dia, eu não poderia ter sido candidata à vice-prefeita, nem a diretora, nem a deputada, nem hoje a presidente. Isso é coisa de homem? é coisa de moleque. Isso é mentiroso. Não vou bater boca com você, não.”
> “Paulo Flor, nós dois, Christianne! A Christianne desligou, viu? A gente vai só pacificar. Vamos tentar pacificar aqui a situação. Os ânimos subiram além da conta.”
Há espaço para reconciliação?
Apesar dos episódios de tensão, os dois candidatos mencionaram abertura ao diálogo após as eleições. Enquanto Christianne reforçou sua elegibilidade como símbolo de comprometimento com o partido, Paulo Flor lamentou a repercussão externa da disputa e expressou desejo de reconstruir pontes e pacificar os ânimos, após o processo eleitoral.