A vereadora em fim de mandato, Sandra Arcanjo, ex-secretária do Trabalho e Desenvolvimento Econômico (STDE), concedeu entrevista exclusiva ao Programa Izaías Nicolau, onde fez uma avaliação da sua trajetória política. Ela decidiu substituir o esposo como candidata a vereadora e, na sequência, licenciou-se do cargo para assumir como secretária executiva na gestão Ivo Gomes.
Na sua exposição, Sandra Arcanjo demonstrou ter saído da disputa eleitoral magoada com seu grupo político. Ela desabafou por ter sido leal e, no entanto, desprestigiada em detrimento de outros que foram potencialmente beneficiados com os arranjos feitos na “dança das cadeiras” que acomodou alguns aliados.
Segundo a vereadora, essa escolha teve consequências significativas para a sua família, uma vez que resultou no seu afastamento do parlamento, contrariando seu eleitorado. Além disso, colocou no ostracismo seu agora ex-esposo, Paulo Vasconcelos, que tinha realizado um excelente trabalho na Secretaria de Conservação de Serviços Públicos (SESEP), ficando fora do cenário político.
Mas o fio da meada foi o constrangimento que passou por um assessor do alto escalão do gabinete do prefeito (não quis citar o nome. Também afirmou, que talvez nem o prefeito saiba disso), que, por meio de uma ligação telefônica, a humilhou, determinando o cumprimento de uma atividade em horário inconveniente e em tom de autoridade. Sandra revelou que, ao perceber a violenta agressão de gênero, respondeu ao servidor por meio de um áudio: “Me respeite, eu não estou aqui fazendo favor, eu fui eleita vereadora”, manifestou.
Isso foi a gota d’água para ela deixar a secretaria e voltar para concluir seu mandato de vereadora. Mas, ao comunicar seu desejo de se desligar do cargo, foi orientada a aguardar mais um período para sair junto com os demais servidores que teriam que se desincompatibilizar para concorrer a cargos eletivos. Permaneceu mais três meses no cargo de secretária, só cumprindo “tabela”, uma vez que ficou na geladeira. Acompanhe a entrevista completa (AQUI)