O Dia do Professor é celebrado nacionalmente em 15 de outubro, sendo mais do que uma data comemorativa, e acima de tudo é resultado da luta de uma mulher, Antonieta de Barros (1901-1952), filha de ex-escravos, que acreditava que a educação era o caminho para o futuro.
Antonieta de Barros é natural de Florianópolis, ela nasceu em 11 de junho de 1901, na infância foi órfã de pai e coube a sua mãe Catarina Waltrick (escrava liberta), assumir o desafio de cuidar dela e dos irmãos trabalhando como lavadeira para garantir um sustento para a família. Foi em um dos empregos da mãe, na casa do político Vidal Ramos, em Lages (SC), que surgiu a paixão pela educação.
Com a ajuda da família empregadora, a quem os historiadores afirmam que tinham carinho por Antonieta e a mãe, ela foi alfabetizada em uma escola particular em 1906, quando tinha cinco anos. Quatro anos depois foi para a escola pública e aos 16 anos, em 1917, preparava-se para fazer as provas da Escola Normal Catarinense - formação que a daria possibilidade de seguir o sonho de ser professora. Na sua vida acadêmica, tornou-se militante política em defesa da educação, além de professora, escritora e jornalista.
Quando em 1934, se candidatou a uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo Partido Liberal Catarinense. Ela foi a primeira deputada estadual a ser eleita no estado após ter sido concedido o direito de voto às mulheres.
Seu maior feito, foi instituir o Dia do Professor e o feriado escolar em Santa Catarina, pela Lei nº 145 de 12 de outubro de 1948, sendo um marco para que os educadores passassem a ser vistos como importantes agentes de mudanças na sociedade. Vinte anos depois, em outubro de 1963, o então presidente João Goulart tornou a lei nacional.