Com o aumento constante da criminalidade no município de Sobral, a Guarda Civil Municipal, vem reforçando suas ações para atuar diretamente na Segurança Pública, bem como, nas suas prerrogativas em lei, de cuidar do patrimônio público e da organização do trânsito.
Costumeiramente registramos a condução de ocorrência pelos agentes da Guarda Municipal, em diversos crimes incluindo até os penais para apresentação ao Delegado de Polícia, abordagem a pessoas e a veículos, atuações no trânsito, em barreiras sanitárias, dentre muitas outras. Porém, vez por outra surgem os questionamentos sobre a legalidade e do poder de polícia desses agentes, questão já superada com o advento da lei 13022/2014, que veio dar legalidade em atribuições já exercidas e reconhecimento pelo eficiente trabalho dessa instituição.
A Guarda Civil Municipal de Sobral, ainda é uma instituição jovem, mas que precisa urgentemente legitimar sua identidade como uma polícia cidadã e pacificadora, para romper de vez com a filosofia da sua formação inicial de polícia repressora. Só assim poderemos trilhar um processo de reconciliação com a sociedade.
Não podemos construir relações nessa queda de braço, numa semana o guarda é um herói para a população sobralense por evitar um suicídio e na outra semana o mesmo guarda é um algoz para essa mesma população, por impedir a passagem de um jovem numa barreira sanitária, por não querer apresentar documentos. Precisamos romper esse círculo de animosidades entre a população com suas agruras e dependentes das forças policiais e desses profissionais prontos, a todo momento, para combater os inimigos ocultos no meio da sociedade. Não podemos conviver com isso.
É bem verdade que os agentes não podem e nem devem agir acima do limite da lei capazes de infringir as garantias da dignidade humana e não queremos dessa forma justificar alguma ação que seja desastrosa. Mas a população precisa compreender que precisa da parceria e dos relevantes serviços das forças policiais e no caso especifico da Guarda Municipal. Serão essas forças, que nas aflições da sociedade, nos desastres, conflitos, confrontos e tragédias que irão, ou seja, socorrer a sociedade para garantir o bem estar social. Esses profissionais são representantes do estado, mas têm papel fundamental para garantir cidadania à grande população.
Enfim, se faz necessário, uma melhor condução política que trabalhe ações com foco na reaproximação com a sociedade, na construção de um novo modelo identitário para a corporação.